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Às vezes apetece-me tanto da o salto! Não é um salto mas sim o salto. Estou farta de falsas modéstias, falsas intenções, falsos sentimentos, falsas preocupações. Farta de não ter um porto de abrigo e cada vez mais sinto que o tenho menos, Quanto tempo devemos tentar consertar uma coisa de que gostamos muito? Sabemos sempre a altura em que não devemos continuar a insistir, certo? Digam-me que sim, quero acreditar que esse momento ainda não chegou. Ou ele chega precisamente quando começamos a escrever coisas deste género? Enfim, estou farta de falsidade no geral. Estou farta de estar farta.
... aquela em que chego à minha cozinha e cheira a morangos!
A minha predição!
Hoje dei o pacote de bolachas que tinha na mala a um sem abrigo. Ele não estava a pedir. Encontrava-se apenas no túnel de acesso que vai dar ao metro. Inicialmente desci as escadas pronta para continuar a minha vida, mas fiquei a pensar no cenário que tinha acabado de ver. Subi as escadas, estendi-lhe as bolachas e perguntei-lhe se queria. Aceitou sem hesitar, disse que eram boas (eram apenas bolachas de água e sal, vejam como tão pouco pode significar tanto para alguém) e sorriu-me. Agora sim, estava pronta para seguir a minha vida. Eu não ia ficar bem se não o tivesse feito.
Agora estou aqui, em casa. Tenho um teto sobre a cabeça e estou atulhada de lençóis e roupa quentinha. Está um frio desgraçado e lá fora chove a potes. E eu estou a pensar naquele senhor que hoje ajudei. E penso nele como o representante de uma pluralidade de pessoas que se encontra na mesma situação. A miséria faz-me, de facto, muita confusão. Estas pessoas estão nuas. Perderam tudo, até a sua dignidade. E depois vêm noticiar que o Estado gasta vários milhares de euros a comprar faqueiros? Desculpa Portugal, isso eu não entendo. Portugal, nisto não tens desculpa.
Sei que tenho o pai mais babado do mundo quando passados três dias a primeira coisa que me diz quando lhe atendo o telemóvel é: 'estavas tão, tão bonita no domingo.' Com dezanove anos e uma eterna menina do papá.
O levantar cedo, o deitar tarde, o ter os olhos pesados e dores nos ombros do peso da mala. Bem-vindo segundo semestre. Com entusiasmo e com o pensamento de que tudo é possível.
Ontem passámos pelo jardim onde demos o nosso primeiro beijo. Não passava lá desde aquela noite. E de repende estava em agosto, um calor desgraço, um céu cheio de estrelas. Sorri. Olhei para ti. Olhaste para mim da mesma maneira que naquela noite.
há quem não acredite (nada!) nisso e eu sinto-me idiota por acreditar demais que a forma como eu me sinto é condicionada por aquilo que os outros nos transmitem. toda a gente nos transmite energias, e cabe-nos a nós rodearmos-nos de pessoas que nos transmitam boas energias, mas acima de tudo é fundamental mantermos o nosso equilíbrio independentemente disso.
És tu o meu sorriso mais sincero. És tu. Quando o primeiro raio de sol desperta ou quando a linha do horizonte fica tingida de laranja. Houve alturas em que te substimei. Houve alturas em que fui má e eu sei disso e peço-te desculpa. Mas sabes? Acho que isso te fez tão bem. Há uma evolução notória a cada dia que passa na maneira como cuidas de mim. É uma sensação estranha e terrivelmente boa. Porque tu queres realmente ver-me feliz. Não importa as circunstâncias. Também tenho as minhas inseguranças, às vezes até demasiadas vezes. Sem razões. Porque aquilo que fazes por mim todos os dias é a prova de que a vida de toda a gente anda a mil à hora mas que tu andas ao mesmo ritmo que eu. Porque juntos chegaremos mais longe.
Obrigada.
Há uns bons anos, quando estava na minha fase da adolescência do 'não dou, nem nunca vou dar a mínima para rapazes' mal eu sabia no que me ia tornar. Ok, isto dito assim soa mau. Não pensem que sou uma galdéria que anda/andou com um batalhão, porque na verdade só tive um (e o ainda atual) namorado. Refiro-me que achava tudo o que envolvia lamechices entre casais uma deprimência. Repito: tudo! E mais ainda o dia dos namorados. E isso continuei a achar uma piroseira mesmo depois de arranjar namorado. Mas a vida é feita de mas. E não com o intuito de celebrar propriamente esse dia, mas mais numa de aproveitar promoções, ele propôs e eu aceitei. E lá fomos passar o fim de semana a Évora. É verdade, o tempo que apanhámos foi simplesmente horrível mas o intuito era conhecermos um bocadinho melhor a zona. No sábado chegámos já perto da hora do almoço e ficámos-nos pelo centro de Évora, onde almoçámos e vimos apenas o templo de Diana. Durante a tarde aproveitámos o que o hotel oferecia para relaxar e como a chuva não ajudou foi esse o mood. Há noite ficámos abismados com a quantidade de pessoas que estavam para jantar no restaurante do hotel e procurámos uma alternativa. E como eu sou, de facto, uma pessoa com muita sorte a aplicação que uso (o zomato) não queria ajudar-nos nem por nada. Fomos para o centro à descoberta e acabámos por descobrir um italiano ma-ra-vi-lho-so, eu sou doida por comida italiana.
Domingo o dia pareceu amanhecer um nadinha melhor mas depressa se revelou uma ilusão. Uma ventania desgraçada na rua e períodos de (muita!) chuva com granizo. Antes de sairmos do hotel tentámos elaborar um plano daquilo que gostaríamos de visitar em Évora e nas redondezas. E assim foi:
Igreja de S. Francisco - Jardim Público de Évora - Templo de Diana (novamente) -- Reguengos de Monsaraz -- Alqueva
E foi assim que nos fizemos à estrada e conseguimos visitar tudo! Confesso que o que mais gostei foi da igreja de São Francisco e de Reguengos de Monsaraz. Eu adoro mesmo visitar igrejas e a qualquer sitio que vou tento sempre conhecer pelo menos uma igreja. Acho que para os apaixonados de história e de arte (como eu!) faz todo o sentido. Quanto a Reguengos de Monsaraz eu delirei quando lá cheguei com a beleza do sitio. Primeiro porque não ia com muitas, muitas expectativas. Depois porque estava bastante sol quando lá chegámos e acho que isso ajudou bastante e por fim porque o sitio é realmente bonito. Um sitio isolado, transpira tranquilidade e beleza. Apetece-me voltar e ficar! Tirar uns dias ali deve ser qualquer coisa de espectacular.
E como eu sou uma cabeça de vento, esqueci-me de levar o cartão de memória da máquina. Deixo-vos o que retratei com o meu telémovel e a sugestão de que vale realmente a pena esta 'rota'.
O ano tem doze meses. Alguém me explique o porquê de se fazer um baptizado em fevereiro. É que por aqui tem estado TANTO frio que eu não faço ideia de como me vou enfiar dentro de um vestido e sorrir como se nada fosse enquanto vou estar a morrer de frio e a rezar por um chá quente. E de pensar que em março começa a primavera...