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Os meus pais sempre se afirmaram pais modernos. Os dois. Mas a verdade é que nem um nem outro o são. Se a minha mãe com os anos se tem conseguido moldar ao facto de eu estar a crescer, para o meu pai serei uma eterna bebé. Não escrevo a apontar-lhe o dedo, mas em jeito de desabafo. Porque chegou o momento em que a família do M. me convidou para ir passar férias com eles, uma semana. Todo o problema reside no facto dessa mesma semana de férias calhar na quinzena do meu pai e de todo um melodrama estar a caminho. Já lhe falei do assunto uma vez. Perguntou-me quando era e quando lhe respondi que era na primeira semana de férias com ele respondeu-me apenas um 'hum, está bem.' E por ele o assunto morria por aqui. Hoje vou voltar a insistir porque teimosia à parte é uma coisa que quero mesmo. Mas conhecendo o meu pai como conheço, vai montar todo um drama à volta da questão:
'Agora preferes ir passar uma semana com a família dele em vez de vires passar duas com o teu pai?'
'Mas filha, só tens dezanove anos.'
'Mas filha, o pai sabe lá se tu gostas mesmo dele.'
'Eu não conheço a família dele [do género um jantar formal de apresentação, de fato e gravata], sei lá se eles não te vão raptar e levar para uma ilha longínqua.'
Como podem ver o meu pai não é nada conservador. Um pai que se pode afirmar super moderno!